O que é moodboard?

O moodboard, do inglês “painel de temperamento”, também pode ser chamado de painel semântico. Esse painel consiste em um quadro que reúne informações e características de um projeto, seja de serviços ou produtos. 

No mundo do design e outras áreas que trabalham com criação e desenvolvimento, essa é uma ferramenta de apoio muito comum para construção visual, servindo até como orientação de um projeto.

Aqui no Estúdio Lúmina nós utilizamos muito! Afinal, nós sabemos muito bem como é importante falar a mesma língua do cliente e entender o perfil do projeto. 

Usando o moodboard, você pode ser mais preciso quanto ao que o cliente quer e compreendê-lo melhor além de ser uma forma de potencializar as suas ideias.

Vamos entender mais sobre o porquê de usar o moodboard e a como criar um?

Vem comigo!

Por que usar um moodboard em meus projetos?

Se você não é Sherlock Holmes e não possui nenhum dote de detetive, usar o moodboard vai facilitar sua vida. 

Com esse recurso você consegue reconhecer de forma mais prática o que seu amado cliente quer. Também é uma forma de traçar o perfil desse cliente. 

Com o painel semântico, você identifica cores, formas, tipos de letras, público-alvo entre outras coisas que te ajudam a entender como está a “temperatura” do projeto e se você realmente compreendeu qual o resultado esperado. 

Inclusive, o moodboard pode te ajudar a traduzir coisas que o cliente não sabe dizer.

Peraí! Como assim?

Imagens comunicam

Como diz o velho ditado: uma imagem vale mais que mil palavras. Às vezes, o seu cliente pode não conseguir expressar exatamente o que ele procura, mas consegue mostrar um desenho parecido com aquilo que ele está pensando.

Usando o moodboard como forma de comunicação, seu cliente também pode te indicar imagens, referências e até quais são seus concorrentes. Dessa maneira, fica mais fácil de entender o que ele quer.

Por exemplo, na criação de uma marca, é preciso entender o que o cliente deseja. Quais cores e elementos ele gosta, qual é tipo de linguagem que ele quer usar, quais sensações e pensamentos que a marca quer transmitir para o público, dentre outras possibilidades. Montando um painel semântico tudo isso fica mais fácil de elencar.

Então, vamos para a parte prática?

Como criar um moodboard

Veja, para criar qualquer coisa, é preciso pensar nos objetivos, aonde se quer chegar, assim como quais são as referências e outros detalhes que contribuem com o desenvolvimento.

Por isso, selecionei os tópicos que eu (Ands) acho mais importantes dentro do contexto do Design, ok? 

Bora lá!

Faça um bom briefing

Para criar um moodboard coerente com o projeto que se está desenvolvendo, seja de design gráfico, de produto, de serviços, interiores, etc… Em primeiro lugar você deve se atentar ao que foi discutido na reunião de briefing.

Por isso, saiba fazer um bom briefing, onde você consiga extrair ao máximo informações importantes para fazer o projeto.

Existe o modelo perfeito de briefing? Não!

Você sempre consegue todas as informações necessárias? Também não!

Mas é o pontapé inicial para conseguir entregar com mais exatidão o que o cliente te pediu.

Escolha onde vai criar o moodboard

Existem várias formas de criar ou montar um moodboard. Você pode utilizar sua criatividade e desenvolver um painel em softwares como Photoshop ou Illustrator, ou através de aplicativos e sites. 

Aqui no Estúdio, nós alternamos entre softwares de edição e o aplicativo Pinterest.

Primeiro fazemos um painel no Pinterest para construir as referências e compartilhamos com o cliente para verificar se estamos falando a mesma língua 🙂

Depois disso, montamos um moodboard para a apresentação e defesa do projeto na hora da entrega.

Alguns exemplos de ferramentas que você pode utilizar são:

Freepik

Site de banco de imagens e vetores que possui muitas opções gratuitas, além de também ser um local de busca por inspiração.

Canva

Possui templates editáveis para adaptação, mas também possibilita a criação livre e dá acesso a um pequeno banco de imagens e ícones gratuitos. Plataforma também disponível em formato de aplicativo. 

Pinterest

Site que também possui aplicativo e é um grande moodboard em que você apenas adiciona as referências que você deseja. No entanto, ele não faz nenhuma montagem ou dispõe layouts para construção é mais para reunir informações.

Utilize paletas de cores

Outra forma de entender e traduzir as referências de uma forma bacana é utilizar paletas de cores. 

Quando o cliente já chega com as cores em mente, as vezes fica mais fácil. Mas quando você tem  liberdade para sugerir cores ou tem uma proposta melhor, vale a pena construir uma paleta de cores coerente.

Existem diversas formas e também é possível utilizar aplicativos e sites que te auxiliem nesse desenvolvimento. A própria Adobe fornece um espaço onde é possível montar paletas. 

O importante é fazer essa paleta conversar com as demais referências inseridas no moodboard. Seja com imagens de tecidos, texturas ou outras formas que demonstrem quais cores serão estudadas e farão parte da proposta.

Selecione palavras-chave

Aqui, um temperinho mais pessoal. 

As palavras-chave nesse caso não são aquelas que nos referimos no SEO e marketing digital, mas palavras que o cliente te disse.  

Por exemplo: eu quero que os meus clientes tenham confiança na minha marca, quando olhem para ela saibam que podem contar comigo que somos sérios, mas que também buscamos estar sempre atualizados (modernos).

Só nessa frase, já encontramos 3 palavras que podem servir como base para elaborar uma identidade visual.

Essas palavras-chave ajudam a buscar elementos, cores e formas que vão servir como recurso criativo para o desenvolvimento do projeto. 

Use referências ou benchmarking

Aqui no nosso blog já falamos sobre a importância das referências. É com elas que você consegue enxergar coisas que já existem mas que você pode transformar em coisas novas e autênticas. 

O benchmarking é uma forma tanto do cliente dizer o que ele não quer de jeito nenhum ou como dizer qual a visão dele sobre o que ele quer que você faça. Essa é uma maneira mais fácil de ele te explicar isso. 

Desenvolva o layout

Por fim, o momento esperado: desenvolva o layout!

Se você vai fazer uma colagem, montagem, desenho 2D, 3D, o que quer que seja, aí é com você, a sua criatividade e necessidade!

O essencial é como você vai definir como as informações serão distribuídas no painel, se elas fazem sentido e estão inseridas de uma forma que o cliente entenda e se sinta representado no painel.  

Conclusão

Ao montar um moodboard, você consegue agrupar as características que o cliente deseja ter dentro do projeto. De maneira que ao montar o painel, você consiga utilizá-lo como forma de apresentar a proposta para o cliente e atingir com mais precisão o objetivo.

O Moodboard é essencial e dá um grande suporte ao processo criativo. Vale a pena investir nessa etapa!