Os episódios Aula Vaga já são tradição no Inspiradas Podcast. A cada 6 programas, temos esse modelo especial totalmente sem pauta, 100% freestyle.
Para a quarta edição do Aula Vaga, chamamos as belas e talentosíssimas Ariadne Quintino e Josiane Tochetto para esse papo cheio de percepções, ideias e, é claro, muitas risadas.
Confira no artigo de hoje o resumo dessa conversa tão boa como uma coxinha da cantina.
Saudades da universidade (ou não)
Já explicamos nesse outro post o porque chamamos esse modelo de episódio de “Aula Vaga”.
Em resumo, é para lembrar os tempos que ainda estávamos no curso de design da UTFPR, onde volta e meia tínhamos alguma aula vaga e passávamos o tempo divagando pelo pátio.
É engraçado parar para pensar o quanto a passagem pelo processo de formação em uma universidade é um divisor de águas na nossa vida.
É uma boa porção de tempo que passamos ali, convivendo diariamente com os desafios de aprender, produzir e se desenvolver. Além de tentar entender o que é design, que por si só já é uma pergunta que nunca se encontrou resposta em nenhum café com design, hehehe.
Falamos sobre isso no episódio, lembrando o quanto eram corridos os finais de semestre, cheios de emoção, noites em claro e impressões de última hora.
Ainda que hoje as nossas rotinas sejam muito diferentes, percebemos o quanto isso nos moldou e preparou para os “fins de semestre” que vivemos hoje em dia. Apesar de que hoje não temos mais saúde para virar noite e almoçar alfajor e Djalma.
Design da terceira idade
É claro que as amigas que já passaram dos 30 tinham que ter seu momento idosas, falando do desgaste que a “profissão designer” nos traz, mesmo com pouco tempo de estrada.
Tanto as hosts quanto as convidadas já tem mais ou menos uma década de experiência dentro do campo do design, o que contabiliza infinitas horas na frente do computador. É dor na coluna, é vista embaçada… Não é fácil, viu.
Isso somado aos desafios criativos que batem à porta todos os dias.
Esse negócio de ser criativo
Falamos bastante também sobre como percebemos a construção do nosso “eu criativo” ao longo das nossas vidas. Nosso caminho desde a infância até nossa atuação profissional atual. A Josiane comentou algo bem interessante nesse sentido:
“Trabalhar com criatividade é um teste diário. A síndrome da impostora está aí o dia todo gritando no seu ouvido, e não passa, mesmo você trabalhando com isso a muitos anos.”
Josiane Tochetto
De fato, entre os principais desafios que temos ao desenvolver um trabalho que é essencialmente criativo é essa cobrança intensa. Se não bastasse a cobrança externa, nós ainda temos uma carga de cobrança interna imensa.
Sobre as questões dos processos criativos, a Josiane comentou sobre a importância de conhecermos e aplicarmos as metodologias que podem nos ajudar a realmente aplicar a criatividade. Sobre isso, vale destacar uma fala da Ariadne:
“Processo criativo é uma coisa que se desenvolve, é algo que você vai alimentando diariamente e aprendendo a entender com os altos e baixos.”
ariadne quintino
No dia a dia não é sempre que a gente tem aquele dia perfeitamente produtivo e que seus resultados são espetaculares. Vão sim ter os vales e eles estão aí para nos fortalecer e ensinar. A cada nova experiência, nos tornamos mais criativos.
Criativos e invisíveis
Um tópico muito interessante que emergiu no nosso papo foi sobre como as ações criativas muitas vezes são silenciosas.
Ainda que o impacto promovido pelas ações de design e pesquisa seja grande, a visão comum não percebe isso como consequência disso.
A criatividade muitas vezes só é notada quando é palpável. Por exemplo, quando alguém faz uma arte para divulgação de um evento ou o logo para uma marca.
Mas as ações que são feitas nos bastidores não tem visibilidade, ainda que sejam primordiais e tragam tanto impacto. O quanto as pesquisas e os métodos podem contribuir com insumos para a estratégia de negócios ainda é algo abstrato para muita gente. A Josiane faz uma observação bem legal sobre isso:
“É um trabalho muito silencioso, né. Ainda que em algumas áreas tenham o seu glamour, como a moda, grande parte das ações de design são desenvolvidas no silêncio, na pesquisa, no backstage, trabalhando para que outras pessoas se apropriem.”
josiane tochetto
Para conferir os detalhes desse papo incrível, ouça agora mesmo o Episódio 24 do InsPiradas Podcast, com Ariadne Quintino e Josiane Tochetto.