Café e Criatividade tem tudo a ver! Além da cafeína dar aquele gás que a gente precisa para criar, o café também gera um ambiente de conversas e expansão de ideias.
Essa bebida tão queridinha nos lares brasileiros foi o tema do episódio 15 do Inspiradas Podcast.
Trocamos uma ideia com a Stephani Catherine, barista e proprietária do Holy Coffee Co. E é claro, provamos um cafezinho delicioso preparado por ela!
Confira nesse artigo os insights que levantamos nesse papo tão gostoso!
Café no Brasil: uma relação afetiva
Como comentamos no episódio, o café no Brasil é tão forte que é o nome de uma refeição. Não falamos “arroz e feijão do meio dia” (ainda que esse seja o nosso almoço padrão), mas falamos “café da manhã”.
A proximidade do brasileiro com o plantio, a colheita e o preparo do café tem gerado apego emocional por gerações.
A nossa co-host Andréia Damaceno contou como a prática de colher, torrar, moer e passar aquele cafezinho é parte do cotidiano na família dela.
“Minha alegria de criança era moer o café com as minhas tias e tomar bem fresquinho em família”.
A nossa convidada também destacou o aspecto afetivo do café, colocando-o como um elemento que pode fazer parte de uma das linguagens do amor: o tempo de qualidade.
“O café e a criatividade precisam de tempo de qualidade. Café é afeto.”
Café e Criatividade: fenômenos sociais
Usamos o café como uma desculpa para ter tempo com as pessoas, para conversar e ter mais ideias. Além disso, até quando se está trabalhando sozinho, é muito comum ver aquela caneca esperta do lado de quem está com a mão na massa.
Segundo estudos científicos da psicologia, criatividade é um fenômeno social. Isso porque algo não é definido como criativo em si mesmo, mas na relação com as pessoas e os ambientes em que se insere.
As teorias que definem isso destacam que compreender uma atitude como sendo criativa tem a ver com a forma como as outras pessoas percebem e reforçam o que fazemos criativamente.
Mas isso não exclui o fato de que nós precisamos reconhecer a criatividade em nós, ainda que não estejamos entregando nenhum resultado criativo palpável ou diretamente perceptível aos outros.
É algo que começa internamente, mas que é reconhecido quando se expressa através de uma atitude ou ação.
Leia também: Criando mais e melhor: a importância das referências
Café, Criatividade e… vinho?
Outro insight bem bacana do episódio foi aprender um pouco mais sobre o paralelo que existe entre a produção de café e de vinho.
Uva e café não são colhidos arrancando planta toda, como a soja ou o milho. Ambos são plantas fixas (perenes) que são cultivadas ao longo dos anos e a forma como são cuidadas interfere no sabor final.
Cada detalhe importa: localização, clima, temperatura, tipo do terreno, rega, poda… Esse conjunto de características é que forma a essência do grão e tem relação direta com o sabor final.
Uma diferença interessante entre essas duas bebidas é que para se ter um bom vinho é preciso deixar envelhecer. Já o café bom é café fresco, não só o que foi passado recentemente, mas também o que teve a torra feita a pouco tempo.
Segundo a Stephani, enquanto os grãos de café estão verdes, ainda é possível fazê-los durar mais tempo. Mas depois de torrados, o melhor é tomar o quanto antes. Afinal, para que esperar, né?
Ser criativo não é sobre estar pronto
Além das discussões sobre café e criatividade, também falamos sobre nossa visão sobre os processos criativos no quadro “A criatividade em você”.
Um dos pontos destacados foi que a maioria das pessoas acha que precisamos nascer prontos para a criatividade. E tanto nos nossos estudos como na nossa experiência prática, sabemos que não é bem por aí.
Criatividade é um músculo, é preciso exercitá-lo e ir aprimorando com o passar do tempo! E nosso incentivo para você é esse: comece a fazer, mesmo que seja ruim no começo.
Sobre esse assunto, a Andréia deixou uma dica de livro: “Não nascemos prontos”, do queridíssimo Mario Sergio Cortella.
Para mais insights, ouça o episódio 15 do Inspiradas Podcast!
Partiu tomar um cafezinho?